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7 Curiosidades e Segredos Sobre os Orixás que Pouca Gente Conhece!

Introdução: O que os Orixás Têm a Nos Revelar?

Os orixás fazem parte da cultura brasileira há séculos. Suas histórias, forças e arquétipos atravessaram oceanos com os povos africanos escravizados e ganharam vida nova nos terreiros do Brasil.

Muita gente já ouviu falar de Oxum, Ogum, Iansã e Xangô, mas poucos conhecem as camadas mais profundas de seus significados — e como eles estão presentes no nosso cotidiano mesmo sem percebermos.

Neste artigo, você vai descobrir 7 curiosidades e segredos sobre os orixás que raramente são falados, mas que ajudam a entender por que essas divindades africanas continuam tão vivas na espiritualidade e na cultura do Brasil.

1. Nem Todo Mundo Tem Um Só Orixá

Você sabia que uma pessoa pode ser ligada a mais de um orixá?

Na tradição do Candomblé, o orixá principal é chamado de “orixá de cabeça” — é ele quem rege a personalidade, o destino e a força espiritual de alguém. Mas, além dele, há outros:

  • O orixá juntó (ou adjunto): também influencia a pessoa, oferecendo equilíbrio ao orixá de cabeça.
  • O orixá ancestral: pode vir de linhagens familiares ou espirituais, muitas vezes cultuado em segredo ou intimidade.
  • O orixá do momento: aquele que rege fases da vida ou protege em determinadas situações.

Isso mostra que nossa identidade espiritual é mais complexa do que parece, e que cada orixá expressa uma parte de nós.

2. Orixás Não São Deuses no Sentido Ocidental

Um dos erros mais comuns é achar que os orixás são deuses como no politeísmo greco-romano. Na verdade, os orixás são forças vivas da natureza, que representam qualidades humanas e elementos do mundo físico.

  • Ogum representa o ferro, a guerra, o trabalho duro.
  • Oxóssi é a floresta, a caça, a fartura.
  • Oxum é a água doce, a fertilidade, o amor.
  • Iansã é o vento, a mudança, o poder feminino.

Eles são energias sagradas, divinizadas, mas sempre ligadas ao mundo natural — e não a um céu distante.

3. Exu Não É o Diabo: É o Guardião dos Caminhos

Se existe um orixá mal compreendido, esse é Exu.

Muitas pessoas associam Exu ao mal, por influência de religiões cristãs que demonizaram a espiritualidade africana. Mas isso não é verdade. Exu:

  • É o mensageiro entre os mundos, o primeiro a ser saudado em qualquer ritual.
  • Representa a comunicação, o movimento, a transformação.
  • Traz o axé (energia vital) e abre os caminhos da vida.

Exu não é mal nem bom — ele é justo. E por isso, é um dos orixás mais complexos e fascinantes da mitologia africana.

4. Os Orixás Estão Presentes na Moda, na Música e na Arte

Mesmo que você nunca tenha ido a um terreiro, é provável que já tenha sido tocado por um orixá — na arte, na música, na moda ou na dança.

Exemplos:

  • Clara Nunes, Maria Bethânia e Gilberto Gil cantaram para Iansã, Ogum e Oxum.
  • Orixás inspiram figurinos de desfiles, como nas escolas de samba do Rio e Salvador.
  • Muitos artistas visuais contemporâneos representam orixás com respeito e criatividade.
  • A coreografia dos orixás influenciou a capoeira, o maracatu e a dança afro-brasileira.

A presença dos orixás nas expressões culturais ajuda a manter viva a herança africana de forma simbólica e afetiva.

5. Cada Orixá Tem Seu Ritmo, Sua Comida e Sua Cor

No Candomblé, tudo comunica: os toques dos tambores, os pratos rituais, as roupas e contas coloridas. Cada orixá tem:

  • Uma ou mais cores-símbolo (por exemplo, branco para Oxalá, azul e branco para Yemanjá, vermelho para Exu).
  • Alimentos preferidos (acarajé para Iansã, feijão preto para Ogum, canjica branca para Oxalá).
  • Ritmos e toques específicos nos atabaques, que os “chamam” nos rituais.

Esses detalhes não são apenas tradição — são linguagens espirituais codificadas, que carregam axé e despertam a presença do orixá.

6. Mulheres Têm Papel Central na Tradição dos Orixás

Em muitas religiões, as mulheres são subordinadas. Mas no Candomblé, as mulheres podem ser líderes máximas, chamadas de iyalorixás (mães de santo).

Além disso:

  • orixás femininos poderosos, como Iansã, que lidera exércitos de eguns (espíritos), ou Nanã, senhora dos pântanos e da morte.
  • As mulheres têm papel essencial no cuidado do axé, nos ritos de iniciação e na manutenção da casa espiritual.
  • Muitas tradições são passadas de mãe para filha, reforçando o matriarcado simbólico e real nas comunidades de terreiro.

Isso mostra como o Candomblé valoriza o sagrado feminino e a sabedoria ancestral das mulheres.

7. Os Orixás Estão no Nosso Dia a Dia — Mesmo Sem Você Saber

Mesmo sem ser do Candomblé ou da Umbanda, é provável que você já tenha sido tocado pela energia dos orixás.

Exemplos simples:

  • Quando você deseja axé (força vital), está usando um conceito central do Candomblé.
  • Palavras como acarajé, dendê, orixá, ebó, xirê fazem parte do vocabulário brasileiro.
  • Muitas festas populares — como a Festa de Iemanjá, o Bumba Meu Boi ou o Maracatu — têm elementos dos cultos afro-brasileiros.
  • A devoção a certos santos católicos (como São Jorge, sincretizado com Ogum) é, na verdade, uma forma camuflada de culto a orixás.

Ou seja: a cultura afro-brasileira está na alma do Brasil, mesmo que por muito tempo tenha sido escondida ou deturpada.

Conclusão: Conhecer os Orixás é Honrar a Sabedoria Ancestral

Os orixás não são apenas figuras de rituais ou personagens mitológicos: eles representam valores profundos, forças da natureza e dimensões espirituais que atravessam o tempo e o continente africano até chegar ao Brasil — vivos, presentes e transformadores.

Descobrir suas curiosidades, segredos e simbologias é muito mais do que satisfazer uma dúvida: é abrir espaço para o respeito, a valorização e o reconhecimento de uma espiritualidade negra que por séculos foi marginalizada.

Mais do que misticismo, os orixás ensinam sobre:

  • Quem somos
  • Como lidamos com o mundo à nossa volta
  • E como nos conectamos com a ancestralidade, com a natureza e com o outro

Ao buscar entender os orixás, nos aproximamos de um Brasil que resiste, cria, canta, dança e reza — mesmo quando tentaram silenciá-lo.

Axé! Que esse conhecimento siga iluminando novos caminhos.

FAQs – Dúvidas Frequentes Sobre os Orixás

Todo mundo tem um orixá de cabeça?

Sim. No Candomblé, acredita-se que cada pessoa nasce ligada a um orixá principal, chamado de orixá de cabeça. Ele influencia traços de personalidade, caminhos e destino espiritual.

O orixá de cabeça pode mudar com o tempo?

Não. O orixá de cabeça é para a vida toda. Mas outros orixás podem atuar em momentos específicos, oferecendo proteção, equilíbrio ou orientação espiritual conforme a fase vivida.

O que significa fazer um ebó?

Ebó é um ritual de limpeza espiritual feito com alimentos, ervas ou elementos simbólicos. Ele serve para remover energias negativas e restaurar o equilíbrio do axé (energia vital) da pessoa.

Por que existem tantas versões diferentes dos orixás?

Porque os orixás foram preservados oralmente em diferentes regiões da África e do Brasil. Cada nação, terreiro ou tradição pode ter variações de nome, cor ou rituais — o que enriquece, e não contradiz, a diversidade do culto.

Os orixás têm relações de família entre si?

Sim. Muitos orixás são representados como parentes. Por exemplo, Xangô é esposo de Iansã, Oxum e Obá; Oxalá é considerado pai de vários orixás. Essas relações ajudam a contar histórias e arquétipos ligados à ancestralidade.

Um mesmo orixá pode reger várias pessoas?

Sim. Orixás representam forças universais da natureza. Por isso, várias pessoas podem ter o mesmo orixá de cabeça, mas cada uma manifesta essa energia de forma única.

Existe diferença entre os orixás cultuados no Brasil e na África?

Sim. Os nomes, rituais e algumas características mudaram com o tempo e o sincretismo. No Brasil, os orixás foram adaptados por conta da escravidão e do contato com o catolicismo, mantendo, porém, a essência ancestral africana.

Os orixás realmente “comem” as oferendas?

Não no sentido físico. Eles se alimentam do axé presente no alimento. Após os rituais, os alimentos são descartados de forma simbólica ou, em alguns casos, compartilhados com a comunidade.

Por que os orixás têm mais de uma cor?

Porque cada orixá tem várias “qualidades” ou caminhos. Por exemplo, Oxum pode ser dourada ou azul, dependendo da tradição e do aspecto que ela manifesta. As cores simbolizam essas variações de energia.

Existem orixás secretos?

Sim. Algumas divindades são cultuadas em sigilo em certas nações do Candomblé. Esses orixás têm rituais específicos e são preservados com respeito, por conta da profundidade espiritual que carregam.

Como os orixás se comunicam com as pessoas?

Por meio de símbolos, intuições, sonhos, jogos de búzios, manifestações rituais e sinais espirituais percebidos por iniciados e sacerdotes. A linguagem é espiritual, não verbal.

Qual a ligação entre os orixás e a natureza?

Cada orixá representa um elemento da natureza. Oxóssi é a floresta, Iansã é o vento, Xangô é o fogo, Yemanjá é o mar. Essa ligação reforça o respeito ao meio ambiente como parte do sagrado.

Qual orixá está ligado ao amor e à beleza?

Oxum. Ela rege as águas doces, simboliza a doçura, o amor, a fertilidade e o cuidado com o outro. É uma das divindades mais associadas à afetividade e à sensibilidade feminina ancestral.

Como posso saber qual é meu orixá de cabeça?

Apenas por meio de rituais realizados em um terreiro, com o jogo de búzios conduzido por um pai ou mãe de santo. Testes online ou horóscopos não têm base nas tradições do Candomblé.

Existe orixá que protege contra inveja ou negatividade?

Sim. Exu e Ogum são orixás com forte atuação na proteção espiritual, abertura de caminhos e defesa contra energias negativas, dependendo da tradição do terreiro.

Qual é o orixá mais “bravo”?

Iansã e Xangô são conhecidos por sua força. Iansã comanda os ventos e tempestades; Xangô, o fogo e a justiça. Mas a “bravura” dos orixás é sempre equilibrada por sabedoria e responsabilidade espiritual.

Existe orixá que ajuda na prosperidade financeira?

Sim. Oxóssi é associado à fartura, caça e abundância. Exu também é reverenciado em rituais de abertura de caminhos e equilíbrio material.

É errado fazer tatuagem com símbolo de orixá?

Depende da casa de culto. Alguns terreiros desaconselham por respeito aos símbolos sagrados. Outros aceitam, desde que feito com reverência e consciência. Evite banalizar imagens religiosas.

Posso usar colares ou cores de orixás diferentes do meu?

É importante ter orientação. As contas e cores são ligadas ao axé do seu orixá. Usar símbolos sem preparo pode causar desequilíbrio ou desrespeito espiritual, segundo algumas tradições.

Ter medo de Exu é um erro?

Sim. Exu foi injustamente demonizado. Ele é o orixá da comunicação, dos caminhos, da vitalidade e da inteligência. Exu não é o “diabo” — essa confusão vem de preconceito e desconhecimento.

Posso aprender sobre os orixás mesmo sem ser iniciado?

Sim. Você pode estudar por meio de livros confiáveis, conversar com praticantes e assistir a conteúdos respeitosos. O essencial é não tratar os orixás como folclore, mas como parte viva de uma religião e cultura ancestral.

Livros de Referência para Este Artigo

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás.

Descrição: Obra fundamental para compreender os mitos, arquétipos e narrativas sagradas dos orixás a partir da tradição iorubá.

NASCIMENTO, Abdias do. Orixás: Os Deuses Vivos da África.

Descrição: Clássico da literatura afrodiaspórica, reúne arte, história e espiritualidade africana em uma linguagem acessível e respeitosa.

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