
Após breves períodos em Veneza e Bolonha, Michelangelo fixou-se em Roma, onde foi convidado a trabalhar para o papa Júlio II, dando início a um relacionamento conturbado que inauguraria o “período heroico” do artista.
O grandioso túmulo encomendado a ele por Júlio II, com quarenta grandes estátuas à sua volta, nunca seria concluído, devido principalmente às brigas entre os dois. Júlio II era vaidoso e impaciente, mas não negava sua imensa admiração por Michelangelo.
Foi servindo a esse papa, também, que Michelangelo realizou sua mais extraordinária obra: as pinturas no teto e paredes da Capela Sistina.
Ainda que os afrescos não fossem sua especialidade, o “Divino” não desapontou e criou uma espetacular sucessão de cenas e personagens bíblicos, onde os corpos dos personagens se contorciam a fim de caberem na curva das paredes laterais.
O trabalho levou quatro anos para ficar pronto.