
Picasso deu a grande virada em sua carreira no ano de 1907, ao produzir uma obra que viria revolucionar todo o cenário artístico da época: “Les Demoiselles d’Avignon”, marco fundamental da estética cubista.
O quadro tem nítida influência das pesquisas de Picasso sobre a arte ibérica e africana, além de revelar seu contato com a obra de Matisse e Cézanne.
É nessa síntese de referências que o pintor vai buscar os ingredientes necessários para compor o quadro célebre, que implodiu conceitos básicos das artes até então, como a perspectiva e o sombreado para expressar volume.
Mas houve quem visse em um novo romance de Picasso, com outra bela mulher, Marcelle Humbert, as motivações para essa explosão criativa do artista.
Em 1915, Marcelle morreu tuberculosa e, três anos depois, Picasso casou com a bailarina Olga Koklova, que lhe deu o primeiro filho, Paul.
O casamento durou 20 anos, embora o coração instável de Picasso tenha começado a bater muito antes pela jovem Marie-Thérèse Walter, de apenas 17 anos, com quem manteve um tórrido caso de amor.
O divórcio de Picasso e Olga foi traumático, com disputas judiciais que levaram o artista a ser impedido de entrar em seu próprio ateliê e a perder para a ex-mulher a posse do Château de Boisgeloup, onde ele e a lolita Marie-Thérèse encontravam-se às escondidas.
Fontes e Fotos: Fundação Pablo Picasso. / Wikimedia Commons, Google Arts.