
A reviravolta ao optar pela arte exigiu um preço alto demais. Um ano depois, Gauguin não havia conseguido vender um número suficiente de quadros para pagar as contas domésticas, que se acumulavam.
Quando as economias acabaram, viu-se obrigado a mudar para Copenhague, na Dinamarca, onde o custo de vida era mais baixo e podia morar com a família da esposa, Mette Sophie Gad.
Mas o casamento não resiste a essas mudanças. Em 1885, Gauguin voltou a Paris falido. Morou em um quarto miserável de pensão e quase morreu de fome.
Após dois anos de dificuldades, conseguiu dinheiro para comprar uma passagem de navio para a América Central e foi trabalhar, como operário, na construção do Canal do Panamá, com a intenção de entrar em contato com outras culturas.
De lá seguiu para a Martinica. Quando, no final de 1887, retornou à França, tinha pintado dezenas de quadros, nos quais renegava o impressionismo e buscava a “pureza” da arte primitiva. Mas pegou malária e ficou ainda mais pobre do que antes.
Fontes e Fotos: Masp, WebMuseum, Expo-shop, Cultura e pensamento, Tahiti, Website Van Gogh & Gauguin. / Wikimedia Commons, Google Arts.