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A Importância de Dar Voz às Sabedorias Negras e Indígenas no Brasil

Belém (PA) — Em um momento em que o Brasil busca reencontrar suas raízes e reequilibrar sua história, eventos e ações culturais vêm ganhando destaque por valorizar os saberes ancestrais de povos negros e indígenas. Entre as principais iniciativas está o Seminário Sesc Etnicidades, que amplia a visibilidade de vozes tradicionalmente silenciadas — e provoca reflexões urgentes em todo o país.

Ancestralidade como resposta para o presente

Entre rodas de conversa, música, arte e espiritualidade, lideranças negras e indígenas têm compartilhado seus conhecimentos, práticas de cura e visões de mundo em espaços culturais do Sesc. Essas vozes ancestrais não falam apenas do passado. Elas apontam caminhos para o presente e o futuro do Brasil.

De norte a sul, essas iniciativas vêm ganhando força e atenção, especialmente em estados como Pará, Mato Grosso, Pernambuco, Roraima e Bahia, onde o Sesc atua com projetos voltados à valorização das culturas afro-brasileiras e indígenas.

Oralidade, afeto e resistência

“Dar voz aos nossos saberes é mais do que ser ouvido. É recuperar parte da nossa existência que foi negada”, afirma Naine Terena, artista, educadora e integrante do povo Terena (MT), que participou de uma das mesas de diálogo do Seminário.

A oralidade — cantada, contada ou vivida — é o principal fio condutor dessas ações. O que se transmite de geração em geração, sem papel, mas com força, está no centro das atividades. Cantos, histórias, rituais e memória corporal transformam os espaços culturais em territórios de escuta e cuidado.

Espiritualidade e cura como parte da programação

No VI Seminário Sesc Etnicidades, realizado em julho, em Belém, o tema “Saberes locais, histórias e encantarias” reuniu representantes de diversas etnias e comunidades quilombolas. As atividades incluíram:

  • Palestras sobre curas tradicionais e respeito à terra;
  • Roda de conversa com Geni Núñez, psicóloga indígena Guarani, que defendeu uma relação mais afetiva com o território;
  • Performances de grupos como as Suraras do Tapajós, mulheres indígenas que cantam e dançam carimbó como forma de resistência e reconexão;
  • Espetáculos como o do Coletivo Croa, que une danças urbanas e populares paraenses em um corpo-ritual vibrante e político.

Política e cultura caminham juntas

A força dessas ações não se limita à estética ou ao simbolismo. Há um componente político forte e direto. “Falar da nossa história é também falar da nossa luta por território, por preservação da floresta, por direito à existência”, diz Jama Wapichana, multiartista de Roraima.

Com apoio do Sesc, essas falas têm chegado ao grande público e aos educadores, fomentando práticas culturais mais plurais em escolas, universidades e projetos sociais.

Identidade Brasilis e expansão nacional

O evento faz parte do programa Identidade Brasilis, do Departamento Nacional do Sesc. Em 2025, a ação será ampliada para mais estados, com foco na escuta e valorização de artistas e mestres da cultura afro-indígena. O objetivo é garantir que esses saberes se tornem referência contínua nas políticas culturais da instituição.

“Não é evento. É continuidade”

Um ponto forte da iniciativa está justamente na continuidade de suas ações. As atividades iniciadas no seminário se estendem por meio de oficinas, exposições, formações e encontros comunitários. Mais do que um evento pontual, trata-se de um processo vivo de escuta, trocas e fortalecimento cultural no território paraense.

Conexão entre territórios e gerações

Momentos como a roda “Saberes entre a geração avó e geração neta”, que reuniu Dona Onete e Nay Jinkss, emocionaram o público ao mostrar como o conhecimento ancestral se reinventa nas novas linguagens da arte.

“Minha avó me ensinou a rezar com plantas. Hoje, levo isso pra fotografia e performance”, disse Nay. “Não é sobre passado, é sobre continuidade”, completou.

Próximas ações e legado cultural

Com a chegada da COP30 em Belém, a valorização das culturas tradicionais ganha ainda mais relevância. O Sesc pretende deixar como legado uma sociedade mais atenta às vozes que historicamente foram deixadas à margem. Dar voz às sabedorias negras e indígenas é fortalecer o país de dentro para fora.

Perguntas Frequentes Sobre Sabedorias Negras e Indígenas

O que são consideradas sabedorias negras e indígenas?

São formas de conhecimento ancestral transmitidas oralmente por gerações em comunidades tradicionais. Incluem cantos, rituais, espiritualidade, práticas de cura, saberes sobre a natureza, agricultura, organização social e modos coletivos de viver e resistir.

O que é o Seminário Sesc Etnicidades e qual seu objetivo?

É um evento nacional promovido pelo Sesc que reúne artistas, educadores, lideranças negras e indígenas para rodas de conversa, oficinas e vivências culturais. O objetivo é promover escuta ativa, dar visibilidade a saberes ancestrais e fortalecer o diálogo intercultural.

Quem pode participar do Sesc Etnicidades?

O evento é gratuito, acessível e aberto a todas as pessoas interessadas em aprender, escutar e se conectar com culturas tradicionais. Basta realizar a inscrição prévia quando necessário e participar com respeito e sensibilidade.

O Seminário faz parte de um projeto contínuo?

Sim. O evento integra o projeto nacional Identidade Brasilis, que promove atividades culturais e educativas ao longo do ano em diversas regiões do Brasil. O objetivo é manter viva a valorização das culturas negras, indígenas e tradicionais em todo o território.

Por que dar visibilidade às vozes negras e indígenas é essencial?

Porque essas vozes foram historicamente silenciadas. Ao ouvi-las, promovemos reparação histórica, ampliamos o entendimento sobre a verdadeira diversidade do Brasil e abrimos caminhos para curas sociais, ambientais e espirituais profundas.

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A Força da Oralidade Negra e Indígena em Espaços Culturais do Sesc
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