
O VI Seminário Sesc Etnicidades é um encontro nacional gratuito que reúne vozes negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas e amazônicas em torno de um tema central: como os saberes ancestrais podem nos ajudar a viver melhor — entre nós e com a terra.
Ele acontece de 24 a 26 de julho, em Belém do Pará, nos espaços Sesc Ver-o-Peso e Teatro Isaura Campos. A programação inclui rodas de conversa, shows, cinema, debates sobre museus, espetáculos de dança e encontros geracionais. Tudo gratuito (sujeito à lotação). Inscrições: bit.ly/SeminarioSescEtnicidades.
Por que “Quando a ancestralidade fala”?
No Brasil, muito do que comemos, cantamos, celebramos e sentimos vem de heranças indígenas e africanas — mesmo quando não sabemos. A ancestralidade fala através de ritmos, rituais, plantas medicinais, culinária, rezas, grafismos, contação de histórias, bordados, tambores.
Quando paramos para escutar, percebemos: não existe Brasil sem esses povos. O Seminário Sesc Etnicidades foi criado justamente para abrir espaço de escuta, reconhecimento e diálogo.
Tema da edição: “Saberes locais, histórias e encantarias: ouvir a terra, escutar os povos”
Esse tema é profundo. Ele sugere duas ações que caminham juntas:
- Ouvir a terra – perceber que rios, florestas, ventos e ciclos naturais carregam linguagem e tempo próprios. Povos tradicionais convivem com esses sinais há séculos.
- Escutar os povos – aprender com quem aprendeu a sobreviver e cuidar da natureza sem destruí-la. Aqui entram povos indígenas, quilombolas, comunidades ribeirinhas, agroextrativistas, mestres da cultura popular.
Esse seminário não é apenas sobre cultura; é sobre futuro. Sobre sobrevivência num mundo climático em crise.
Uma ponte simbólica com a COP30
Belém será sede da COP30, conferência global sobre clima. Trazer o Sesc Etnicidades para a cidade antes da COP não é acaso: é mensagem.
O recado é claro: não existe agenda ambiental séria sem ouvir quem já cuida da floresta, do rio, da serra e da roça há gerações. A cultura é parte da solução climática. Saberes ancestrais são tecnologia social.
Para quem é o evento?
- Educadores e estudantes que querem entender nossa cultura, nossas origens brasileiras.
- Pesquisadores de cultura, território, clima, direitos humanos.
- Artistas, produtores culturais e curadores.
- Pessoas interessadas em espiritualidade, ancestralidade e diversidade.
- Público geral curioso — você não precisa saber nada para participar. Basta chegar com respeito e escuta.
Como funciona a programação?
A programação mistura conversas, música, arte, cinema e experiência. Você não fica sentado ouvindo teoria o tempo todo. Em um mesmo dia, pode assistir a uma roda sobre curadoria indígena, ver um documentário quilombola, dançar carimbó com mulheres indígenas e fechar a noite com DJ misturando ritmos da Amazônia e black music.
A seguir, veja os destaques explicados de forma simples (ótimo para quem chegou agora e quer decidir o que ver).
Vozes que você vai encontrar lá
Geni Núñez (MS) – Psicóloga Guarani
Traz a visão de cuidado com a terra como cuidado com as pessoas. Fala sobre reciprocidade: o que damos ao território, ele devolve.
Cleide Vasconcelos (PA) – Poeta e cantora quilombola
Representa o Quilombo Arapemã, transforma o cotidiano ribeirinho em música e reforça a força da mulher amazônica e quilombola.
Naine Terena (MT) – Artista, pesquisadora e curadora
Foi responsável pela primeira mostra de arte indígena da Pinacoteca de São Paulo. Discute museus abertos à diversidade e ao protagonismo indígena.
Dona Onete (PA) – “Diva do carimbó chamegado”
Começou carreira musical profissional só depois dos 70 anos. Sua trajetória inspira quem acha “tarde demais” para realizar sonhos.
Nay Jinkss (PA) – Artista visual, pesquisadora e artivista
Trabalha imagem, memória e representatividade LGBTQIAP+ em diálogo com a Amazônia e a fotografia compartilhada.
Suraras do Tapajós – Mulheres indígenas do carimbó
Cantam ancestralidade, território e resistência feminina em ritmo tradicional amazônico.
Coletivo Croa – Corpos de Tambor
Espetáculo que une carimbó, lundun marajoara e danças urbanas como krump e breaking. Encontro entre tradição e contemporâneo.
Jama Wapichana (RR) – Multiartista e produtora cultural
Integra arte, audiovisual, literatura e economia criativa territorial.
Gean Pankararu (PE) – Músico indicado ao Grammy Latino
Ponte entre aldeia, música indígena contemporânea e cena global.
Beto Oliveira (AM) & Dinayana Tabajara (PI)
Dialogam sobre encantarias, paisagens amazônicas e preservação da memória ancestral em museus e comunidades.
A Programação Explicada Dia a Dia
📅 Dia 1 – Quinta, 24 de julho | Abertura & Encontro de Saberes
18h – Abertura oficial
Recepção do público e contextualização do Seminário.
18h30 – Conferência de Abertura: “Saberes locais, histórias e encantarias”
Com Geni Núñez e Cleide Vasconcelos. Aqui começa a grande conversa: como terra, águas e memória se conectam a modos de viver e resistir.
19h30 – DJ Nat Esquema (Sesc Ver-o-Peso)
Set com vinil, ritmos paraenses, black music, tecnobrega e guitarrada. Mostra como a Amazônia conversa com o mundo.
20h – Show Suraras do Tapajós
Quando mulheres indígenas cantam e dançam carimbó, tradição vira presente. O show é afirmação cultural e política.
📅 Dia 2 – Sexta, 25 de julho | Encantarias, Museus e Corpos em Movimento
15h30 – Roda de Conversa: “Encantaria para construir mundos”
Com Beto Oliveira e Dinayana Tabajara. Entenda o que são encantarias. Descubra como espiritualidade amazônica inspira arte, luta e proteção ambiental.
17h – Exibição do curta “Pretinhas do Arapemã”
Documentário sobre mulheres quilombolas de Santarém. Música, dança e território como formas de permanecer.
18h – Roda: “Curadoria e o papel social dos museus”
Com Naine Terena. Como museus podem parar de olhar povos tradicionais como “folclore” e começar a fazer parceria real?
19h30 – DJ Nat Esquema (Sesc Ver-o-Peso)
Continua a trilha que mistura Amazônia e diáspora.
20h – Espetáculo Corpos de Tambor – Coletivo Croa
Tradição, batida urbana e ancestralidade corporal.
📅 Dia 3 – Sábado, 26 de julho | Histórias, Gerações e Celebração
15h30 – Roda: “Que história é essa que a gente quer contar?”
Com Jama Wapichana e Gean Pankararu. Memória, cinema indígena, música e futuro das narrativas tradicionais.
17h – Roda: “Saberes ancestrais: entre a geração avó e a geração neta”
Com Nay Jinkss e Dona Onete. Afeto, legado e transmissão de conhecimento entre gerações.
19h30 – Show Sandrinha Eletrizante
Energia paraense em alta voltagem.
21h – DJ Nat Esquema
Encerramento dançante — porque ancestralidade também é festa.
Identidade Brasilis: o Sesc leva essas vozes pelo país
O Seminário faz parte do projeto Identidade Brasilis, que circula por vários estados com ações que valorizam culturas negras, indígenas e tradicionais. Em 2025, o projeto passa por Bahia, Espírito Santo, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Ou seja: se você não puder ir a Belém agora, fique atento — esse movimento pode chegar perto de você.
O que você aprende participando?
- Que o Brasil é feito de muitos povos — e todos contam.
- Que cultura, território e clima estão ligados.
- Sobre ancestralidade e que não é passado morto, mas conhecimento vivo.
- Que arte pode ser diálogo, cura e política.
- Que ouvir é um ato de respeito e transformação.
Como se inscrever (passo a passo rápido)
- Acesse: bit.ly/SeminarioSescEtnicidades.
- Preencha nome, contato e cidade.
- Escolha os dias/atividades (se houver seleção).
- Confirme e acompanhe seu e-mail.
- Chegue cedo: os espaços são gratuitos, mas têm lotação.
Mini-Glossário para Quem Está Chegando Agora
Ancestralidade: Conjunto de saberes, memórias e práticas herdadas de gerações anteriores.
Quilombo: Comunidade formada historicamente por pessoas negras, muitas descendentes de africanos escravizados.
Encantaria: Sistema espiritual presente em comunidades amazônicas e afro-indígenas, ligado à natureza e entidades encantadas.
Carimbó: Ritmo tradicional paraense de origem indígena, africana e cabocla.
Artivismo: Arte + ativismo. Produção artística com propósito social ou político.
Conclusão: Escutar é transformação
O VI Seminário Sesc Etnicidades nos lembra que escutar é um ato político. Quando abrimos espaço para as vozes negras e indígenas, ampliamos o que entendemos por Brasil. E quando ouvimos a terra através desses povos, aprendemos novas formas de viver — mais justas, mais coletivas, mais sustentáveis.
Se você pode estar em Belém, vá. Se não pode, compartilhe. Apoie. Escute.
Porque quando a ancestralidade fala, o Brasil tem muito a aprender.
Garanta sua vaga agora: bit.ly/SeminarioSescEtnicidades
Programação completa: www.sesc-pa.com.br
Perguntas Frequentes sobre o VI Seminário Sesc Etnicidades
O que é o projeto Sesc Etnicidades?
É uma iniciativa nacional do Sesc que promove cultura, arte, espiritualidade e memória de povos indígenas, negros, quilombolas e comunidades tradicionais em diversas regiões do Brasil.
O evento é gratuito para o público?
Sim. Toda a programação é gratuita. Basta se inscrever com antecedência, pois os lugares são limitados e sujeitos à lotação dos espaços.
Quem pode participar do Seminário Sesc Etnicidades?
Qualquer pessoa pode participar — estudantes, educadores, artistas, pesquisadores, lideranças comunitárias e interessados em cultura, diversidade e direitos sociais.
Qual é a mensagem principal do Seminário Sesc Etnicidades?
Promover a escuta das vozes ancestrais e dos saberes tradicionais como caminhos para um Brasil mais justo, diverso, consciente e sustentável.
Preciso pagar para participar das atividades?
Não. O seminário é 100% gratuito. No entanto, é necessário se inscrever com antecedência, pois as vagas são limitadas.
É necessário ser indígena ou quilombola para participar?
Não. O evento é aberto a todos, mas recomenda-se respeito às culturas representadas e postura de escuta e acolhimento.
Crianças podem participar do Seminário Sesc Etnicidades?
Sim, desde que acompanhadas por responsáveis. Atividades como apresentações culturais e shows costumam ser mais indicadas para o público infantil.
O seminário oferece certificado de participação?
Algumas unidades do Sesc em eventos semelhantes já ofereceram certificados. Verifique no momento da inscrição se haverá emissão nesta edição.
Existe alguma recomendação sobre o que vestir?
Sim. Use roupas leves e confortáveis. Belém tem clima quente e úmido. O ambiente do evento é acolhedor e cultural.
Posso tirar fotos e gravar vídeos durante o evento?
Em geral, sim. Mas siga sempre as orientações da organização. Em rituais espirituais ou atividades com povos tradicionais, é fundamental pedir permissão antes de registrar.
Como chegar ao Sesc Ver-o-Peso, em Belém?
O Sesc Ver-o-Peso fica na região histórica da cidade. Pode-se chegar por táxi, aplicativos de transporte ou ônibus urbano com parada próxima ao local.
Há atividades específicas para famílias ou grupos escolares?
Sim. A programação inclui rodas culturais, apresentações e oficinas que podem ser aproveitadas por grupos familiares ou educacionais. Consulte a agenda completa no site oficial.
O seminário aborda temas ambientais?
Sim. A conexão entre cultura, espiritualidade e meio ambiente é um dos pilares do evento, com foco nos saberes ancestrais para a preservação da natureza.
Posso participar só de parte da programação?
Sim. Você pode escolher as atividades que deseja assistir. Basta verificar os horários e locais no momento da inscrição.
Como acompanhar novidades sobre o evento?
Acompanhe pelo site oficial do Sesc Pará (www.sesc-pa.com.br), pelo Instagram do Sesc Nacional e também pelo link direto de inscrição: bit.ly/SeminarioSescEtnicidades.
🎨 Explore Mais! Confira nossos Últimos Artigos 📚
Quer mergulhar mais fundo no universo fascinante da arte? Nossos artigos recentes estão repletos de histórias surpreendentes e descobertas emocionantes sobre artistas pioneiros e reviravoltas no mundo da arte. 👉 Saiba mais em nosso Blog da Brazil Artes.
De robôs artistas a ícones do passado, cada artigo é uma jornada única pela criatividade e inovação. Clique aqui e embarque em uma viagem de pura inspiração artística!
Conheça a Brazil Artes no Instagram 🇧🇷🎨
Aprofunde-se no universo artístico através do nosso perfil @brazilartes no Instagram. Faça parte de uma comunidade apaixonada por arte, onde você pode se manter atualizado com as maravilhas do mundo artístico de forma educacional e cultural.
Não perca a chance de se conectar conosco e explorar a exuberância da arte em todas as suas formas!
⚠️ Ei, um Aviso Importante para Você…
Agradecemos imensamente por nos acompanhar nesta jornada enriquecedora através da ‘NewsArt’. Esperamos que esta notícia tenha iluminado seu caminho e que você tenha desfrutado cada momento desta leitura.
Que cada palavra tenha plantado uma semente de curiosidade, aguçando sua vontade de mergulhar ainda mais nas novidades do mundo artístico.
Lembre-se, este é apenas o começo de uma odisseia contínua rumo ao conhecimento e às descobertas. Com a ‘NewsArt’, você estará sempre à frente, recebendo as novidades mais relevantes e emocionantes do universo da arte.
Convidamos você a permanecer conosco, para estar sempre a par do que há de mais fascinante no mundo artístico. Até nosso próximo encontro, onde revelações surpreendentes e descobertas incríveis aguardam por sua presença!