
Introdução: quando a troca é ancestral
No Brasil, poucos encontros têm o poder simbólico e transformador do que foi vivenciado no VI Seminário Sesc Etnicidades. Realizado de 24 a 26 de julho, em Belém (PA), o evento se destacou por mais do que apenas uma celebração: foi um espaço de diálogo vivo entre culturas negras e indígenas, mediado por trocas, escutas e experiências partilhadas.
Sob o tema “Saberes locais, histórias e encantarias: ouvir a terra, escutar os povos”, o seminário se estruturou em rodas de conversa, oficinas, apresentações artísticas e momentos de troca onde o saber popular, ancestral e comunitário se fez presente e protagonista.
As rodas de conversa: espaços de escuta ativa e transformação
No centro da programação, as rodas de conversa ofereceram mais do que reflexão — promoveram o reconhecimento mútuo entre culturas que compartilham histórias de resistência, invisibilidade e reconstrução.
Encantaria para construir mundos
Com Beto Oliveira (AM) e Dinayana Tabajara (PI), essa roda colocou em pauta a dimensão espiritual e política da arte e do território. As falas mostraram como a encantaria não é folclore, mas um modo de compreender o mundo, profundamente conectado ao cuidado com a terra, à memória e à sobrevivência dos povos.
Curadoria e o papel social dos museus
Naine Terena (MT) levantou discussões urgentes sobre a presença indígena nos espaços de memória e arte. Defendeu a descolonização dos museus, propondo curadorias feitas com os povos, e não apenas sobre eles.
Saberes ancestrais: entre a geração avó e a geração neta
O encontro entre Dona Onete e Nay Jinkss emocionou o público ao mostrar como a transmissão de saberes intergeracional fortalece a cultura afroamazônica. A roda se tornou um verdadeiro laboratório de afetos, ritmos e narrativas.
Oficinas e momentos de troca: o saber na prática
Diferente de eventos onde o público apenas assiste, o Seminário promoveu vivências práticas que colocaram os participantes em contato direto com linguagens tradicionais e contemporâneas.
Exibição do curta “Pretinhas do Arapemã”
Mais que um filme, o curta se tornou um ato de memória viva. A exibição foi seguida de uma conversa sobre identidade quilombola e resistência territorial, com foco na experiência das mulheres negras da Amazônia.
Espetáculo Corpos de Tambor
O Coletivo Croa apresentou um espetáculo que uniu dança urbana e tradições paraenses, criando uma coreografia de ancestralidade em movimento. A apresentação foi uma experiência sensorial e política, propondo novos significados para o corpo e o território.
Oficinas e momentos de troca: o saber na prática
Diferente de eventos onde o público apenas assiste, o Seminário promoveu vivências práticas que colocaram os participantes em contato direto com linguagens tradicionais e contemporâneas.
Exibição do curta “Pretinhas do Arapemã”
Mais que um filme, o curta se tornou um ato de memória viva. A exibição foi seguida de uma conversa sobre identidade quilombola e resistência territorial, com foco na experiência das mulheres negras da Amazônia.
Espetáculo Corpos de Tambor
O Coletivo Croa apresentou um espetáculo que uniu dança urbana e tradições paraenses, criando uma coreografia de ancestralidade em movimento. A apresentação foi uma experiência sensorial e política, propondo novos significados para o corpo e o território.
A importância da oralidade e da escuta
O Seminário reafirmou a oralidade como ferramenta de saber e cura. Em cada roda, o tempo era outro: o tempo do escutar com o corpo inteiro. O tempo do silêncio que prepara a fala. O tempo de aprender ouvindo quem carrega a história nas palavras.
Como lembrou Geni Núñez, “escutar é respeitar o território do outro”. E isso vale para o território físico, cultural, afetivo e simbólico.
Jovens como elo entre passado e futuro
A presença de jovens indígenas e negros com projetos autorais mostrou que a ancestralidade não é nostalgia, mas continuidade. Oficinas, falas e apresentações provaram que:
- A arte indígena hoje é digital, performática, urbana — mas ainda ancestral.
- A cultura negra se reinventa em batidas eletrônicas, na moda, na fotografia — sem perder sua raiz.
- As novas gerações não repetem o passado, mas o reescrevem com autonomia.
Belém como território simbólico
Realizar esse encontro em Belém, no Pará, foi um acerto simbólico. A cidade é um dos centros da cultura afroamazônica, lar de quilombos urbanos, tradições ribeirinhas e povos indígenas em diálogo constante com o urbano.
A escolha do local reforça a ideia de que o Brasil profundo pulsa no Norte, onde a cultura é política, e o cotidiano é ancestral.
Conclusão: sementes que se espalham
Ao final do evento, o que permanece não são apenas fotos ou falas registradas. Ficam as sementes de conexão. Os diálogos, oficinas e vivências ecoam nos participantes como raízes que continuam falando.
O Seminário Sesc Etnicidades nos lembra que, num país tão marcado por silenciamentos, falar — e escutar — é um ato de cura coletiva.
Perguntas Sobre o VI Seminário Sesc Etnicidades
O que são os diálogos entre povos negros e indígenas no Seminário Sesc Etnicidades?
São rodas de conversa, oficinas e encontros que promovem trocas culturais, afetivas e políticas entre representantes de comunidades afrodescendentes e indígenas. Esses diálogos valorizam a escuta, o respeito e a construção conjunta de saberes ancestrais.
Por que a oralidade ancestral é valorizada nesses encontros?
A oralidade é uma das formas mais potentes de preservar a memória coletiva. É por meio dela que os povos negros e indígenas transmitem histórias, conhecimentos, afetos e resistência de geração em geração, mantendo viva a essência de suas culturas.
Como as oficinas contribuem para a experiência do Seminário?
As oficinas são espaços de vivência e partilha, onde arte, dança, canto, espiritualidade e saberes tradicionais são ensinados na prática. Elas aproximam os participantes das culturas presentes no evento de forma sensível e transformadora.
Qual foi a participação da juventude no VI Seminário Sesc Etnicidades?
A juventude teve papel central no evento. Jovens lideraram falas, conduziram atividades culturais e demonstraram como a ancestralidade se reinventa no presente, fortalecendo identidades e inspirando futuras gerações.
Como encontros como esse transformam a sociedade brasileira?
Esses encontros ampliam o debate sobre diversidade, combatem o racismo estrutural, fortalecem alianças entre comunidades e evidenciam saberes historicamente marginalizados. Eles ajudam a construir um Brasil mais justo, plural e conectado com suas raízes.
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