
Um chamado à escuta ancestral
No dia a dia, nos perdemos em ruídos. O VI Seminário Sesc Etnicidades, realizado de 24 a 26 de julho em Belém (PA), nos convida a pausar. O objetivo: escutar não apenas com os ouvidos, mas com o corpo e o coração. É um espaço onde vozes ancestrais—negras e indígenas—ganham força, presença e poder de cura.
Não é só evento cultural; é um ato de reparação e transformação. As vozes falam de ancestralidade, de terra, de rito. E revelam caminhos para reconstruir o Brasil, um passo de escuta por vez.
O que são “vozes ancestrais”?
Chamamos de “ancestrais” saberes e narrativas que vêm de longas tradições, passadas de geração em geração. São memórias vivas em:
- cantigas de roda
- danças rituais
- orar com ervas
- defesa de territórios ancestrais
- conexão com a natureza e com os antepassados
No Sesc Etnicidades, essas vozes ocupam palcos e rodas, mostrando seu valor político, espiritual, emocional e estético.
Economia da presença: cura em cada fala
As falas não se esgotam em informação. Elas carregam dor, esperança, reconexão. É comum ouvir expressões como:
- “Curar meu território, meu corpo e minha alma”
- “Encontrar força na ancestralidade para enfrentar as crises climáticas”
- “Resgatar histórias que foram apagadas e replantá-las no presente”
Essa presença emocional gera eco coletivo — cura comunitária. Quem participa sai transformado, sentindo raízes mais firmes.
Oralidade como ritual
Em rodas como “Saberes entre a geração avó e a geração neta”, vemos como as palavras vivem nos corpos. Gritos, canções, silêncio, risos, choro: a voz ancestral navega tempo e afeto. É oralidade em sua forma mais potente: carnal, ritual, presente.
Esses encontros mostram que para muitos povos, o falar envolve corpo, espírito e coletivo — e não só a transmissão de ideias.
Arte como linguagem do espírito
O Seminário colocou em cena expressões que falam da ancestralidade:
- Grupos indígenas manifestam espiritualidade com música, canto e dança
- Mestres da cultura afro-amazônica transitam entre urbano e sagrado
- Oficinas práticas compartilham saberes rituais com cuidado e amor
- Documentários e instalações guardam memórias coletivas
- Fotografia decolonial resgata narrativas sujeitadas aos canais institucionais
Cada obra é ponte entre mundos: ancestral e contemporâneo, íntimo e coletivo.
Ritmos e vozes: a espiritualidade em cena
A espiritualidade no evento não é eixo religioso tradicional, mas ancestral e ecossocial:
- Música ritual indígena que evoca orixás, encantados e espíritos protetores
- Oficinas com ervas, rezas e histórias de cura trazendo presença territorial
- Conversas sobre justiça climática, usando a espiritualidade como linguagem ativa
- Corpos que dançam ancestralidade, recuperando ritmos e pulsos desaparecidos
Isso mostra espiritualidade como ferramenta de enfrentamento e resistência.
Narrativas que emocionam e transformam
Durante os três dias, testemunhamos falas que não são meros registros — são acontecimentos, momentos de vida:
- O relato de uma quilombola que canta para não esquecer sua história
- A poesia de uma indígena que resgata cura pela palavra
- O alento de uma educadora que ensina jovens com ancestralidade
- O abraço em outro artista que afirma: “você não está só”
Esses momentos emocionais são sementes para mudanças individuais e coletivas.
Por que participar ou registrar?
Se você está se perguntando se deve ir ou produzir conteúdo sobre o Seminário, aqui estão razões que vão além do registro:
- Vivência espiritual que impacta corpo e alma
- Conteúdo com densidade afetiva para blogs, redes, podcasts
- Potencial de engajamento real, pois mexe com o íntimo das pessoas
- Material valioso para instituições culturais ou educacionais
- Contribuição para memória coletiva e preservação de saberes
Um evento atemporal
O Seminário foi em julho, mas sua espiral não tem fim. As vozes continuam em:
- vídeos e fotos disponíveis online
- fortalecimentos de redes de artistas e educadores
- reflexões para projetos de educação e cultura
- inspiração para ativismo e modos de vida ancestrais
É um evento que não acaba com o fim da programação.
Convite para a escuta
Você pode estar aí, lendo, se perguntando se vale a pena. A resposta é simples:
Escute. Participe. Registre. Compartilhe.
Permita-se experimentar o que é falar de alma, corpo e ancestralidade de modo coletivo. O Sesc Etnicidades te convida a reconhecer que em cada palavra ancestral, há cura — para você e para o Brasil.
Perguntas Frequentes Sobre o Evento
Como faço para me inscrever e participar do evento?
Data: 24 a 26 de julho
Locais: Sesc Ver-o-Peso e Teatro Isaura Campos, em Belém (PA)
Inscrições gratuitas: bit.ly/SeminarioSescEtnicidades
Quais são os horários das atividades?
A programação geralmente ocorre ao longo do dia, com atividades pela manhã, tarde e noite. Como os horários variam por dia e local, o ideal é conferir a agenda oficial disponibilizada pela organização do evento. Programação completa: www.sesc-pa.com.br
O que significam as vozes ancestrais no contexto do Seminário Sesc Etnicidades?
São narrativas, saberes e memórias transmitidas de geração em geração por comunidades negras, indígenas e tradicionais. Essas vozes carregam a sabedoria dos mais velhos, a força da oralidade e o pulsar da resistência cultural brasileira.
O evento tem caráter religioso?
Não. O Sesc Etnicidades não é um evento religioso, mas sim espiritual. Ele valoriza o sentido de pertencimento, a conexão com a ancestralidade e o respeito aos saberes sagrados das comunidades, sem vínculo com religiões institucionalizadas.
Pessoas que não pertencem a comunidades indígenas ou quilombolas podem participar?
Sim. O seminário é aberto a todas as pessoas que queiram aprender, escutar e se conectar com respeito às culturas presentes. O importante é ter uma escuta atenta, sensível e comprometida com a diversidade.
Haverá transmissão ao vivo ou gravações do evento?
Algumas atividades podem ser gravadas ou transmitidas ao vivo, dependendo da organização local. Para acompanhar atualizações, consulte o site oficial do Sesc Pará (www.sesc-pa.com.br) ou as redes sociais da instituição.
O que devo levar para participar do Seminário?
Recomenda-se usar roupas leves e confortáveis, levar uma garrafa de água e principalmente estar com o coração aberto. A experiência é de imersão cultural e afetiva — e o essencial vem da escuta e da troca.
Onde acontece o Seminário Sesc Etnicidades?
A edição principal acontece em Belém, capital do Pará, com atividades distribuídas em unidades do Sesc, espaços culturais parceiros e locais públicos. A programação completa costuma ser divulgada no site e redes do Sesc Pará.
O que torna esse evento uma experiência transformadora?
A escuta de vozes antes silenciadas, o contato com saberes ancestrais, a vivência de práticas coletivas e a troca entre diferentes territórios culturais tornam o seminário uma oportunidade única de aprendizado, afeto e reconexão com as raízes do Brasil.
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